sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Louco amor: Da ficção com a realidade ao lado...

Provavelmente será novidade, para alguns dos meus amigos, vir aqui enunciar que sou simpatizante e, até seguidor, de algumas Telenovelas, e ainda por cima da TVI. Se é para "sofrer", temos que ir ao fundo da coisa.

Felizmente que, as novas tecnologias do vídeo, permitem-nos, mediante a opção “gravação”, não estar a papar com aqueles longos minutos de publicidade a altas horas da noite, senão, a agrura ainda seria maior, e assim, nas calmas, no dia seguinte, a uma hora morta e quando muito bem me apetece, é possível ver um episódio seguido, ou mesmo vários. E olhem, para andar nos copos, ou, noutros agraves, antes isto!

Foi assim que, nos últimos meses, fui vendo a dita «Louco Amor» que passa na TVI. Neste caso, estimulado ainda, pela curiosidade de ver os cenários gravados na nossa região, mais propriamente, na vila judaica de Castelo de Vide.

Como todos sabem, a “Estória” de uma Telenovela é o somatório de muitas “estorietas”, mais ou menos encadeadas, e baseadas sempre nos mesmos fundamentos: intrigas, paixões, rivalidades, segredos, mentiras, amores impossíveis, etc., etc.; tão do agrado do género humano, e de quem não está para pensar muito após um dia de trabalho.

Esta não foge à regra. Embora o que aqui me traga, no fundamental deste Post, seja algo que venho observando e seguindo, e que se prende com “um certo “negócio obscuro em que se vê envolvida a Quinta dos Castanheiros situada em Castelo de Vide”.

Ora o que tenho vindo a constatar na evolução dessa “estorieta”, é uma argumentação do tipo “déjà vu” ficcionada; mas com uma história análoga e verídica, que tem sido realidade nos últimos tempos no concelho de Marvão, refiro-me, concretamente, à aquisição e isolamento por vedações de vastas áreas de terrenos, para negócios que ninguém sabe, ou só alguns sabem, o que daí advirá. Tal como o que se conta em «Louco Amor»!

Vejamos então algumas analogias que aí tenho encontrado, e para as quais chamo o vosso reparo:

- Aquisição de terrenos através de mediadores indígenas;

- Utilização de capital estrangeiro;

- Engodo à população que é para uma fábrica, e que o investimento levará à criação de emprego na região;

- Vedações ilegais, vigilância e alta segurança;

- Não cumprimento da legislação municipal e de área protegida de Parque Natural;

- Movimentação de terras sem consentimento;

- É para exploração das “pedras locais”, com descaracterização e poluição do subsolo;

- Possíveis actos de corrupção das autoridades locais (na ficção);

Só me falta daqui a dias ver, que o que está em causa é a exploração de Xenótimo, ou qualquer outro mineral raro para ecrãs vídeo! Se assim for, a TVI tem-me à perna, por apropriação de direitos de autor. Querem lá ver que ainda vou também ganhar algum, com a história das vedações...

Nota: Oxalá, no real, não apareçam algumas vítimas de sangue, como parece ser o caso na ficção!

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