domingo, 28 de abril de 2013

O mundo dos outros...


Não posso deixar de partilhar aqui este Post de Rui Rocha no “Delito de Opinião”. Muita e imaginação e algum humor...

“Abram alas para o nódoa!



“Quando se pensa um pouco nisso, o Congresso do PS bem pode ser uma versão piorada de uma conhecida série infantil.

Ana Gomes é a Macaca Marta, sempre desbocada e pronta a pregar partidas. A Maria de Belém fica bem o papel de Ursa Teresa, muita amiguinha de Seguro e de Sócrates e deste e daquele e daqueloutro. Edite Estrela é a Gata Rosa, sim, um nadinha vaidosa. O Mafarrico desta vez não apareceu, embora haja quem diga que o viu a espreitar atrás dos arbustos. Deve estar a preparar o comentário de amanhã, na televisão.

O Sonso, Pedro Silva Pereira, é que não faltou. Vi-o ainda há pouco a conversar com aquele que é agora o melhor amigo do líder, nem mais nem menos do que António Costa, que acabou por aceitar o papel de Orelhas. Por casa ficou o paquiderme Senhor Volumoso, o paizinho do regime. Nos últimos tempos tem andado de trombas. O Turbulento, João Galamba, não pára um segundo. Ele é entrevistas, é twitter, é o camandro. Andou apagadote por alturas da visita do Krugman a Lisboa, mas já se recuperou e agora é um virote. Em termos de declarações de João Galamba, está na hora de estimular a procura pois vivemos tempos de excesso de oferta. O Urso Rechonchudo, Francisco Assis, estava ainda agora sentado ao lado de Carlos Zorrinho, o Senhor Sempre em Pé, e de Almeida Santos, o Rato Relojoeiro. Todos ficaram muito animados quando ouviram falar o Tó Zé, o boneco de madeira.

No fim, cantaram a plenos pulmões o Abram Alas pró Nódoa. Depois, entraram no seu carro amarelo. O Nódoa é o taxista de serviço. Enquanto for abanando o guizo, vão deixá-lo conduzi-los até ao poder. Mas, no fundo, cada um deles tem o seu próprio destino. O PS é isto. E Portugal é a cidade dos brinquedos.”

sábado, 27 de abril de 2013

Épicos da música portuguesa (1)


De linho te vesti, de nardos te enfeitei, amor que nunca vi, mas sei. Sei dos teus olhos acesos na noite - sinais de bem despertar - sei dos teus braços abertos a todos que morrem devagar. Sei meu amor inventado que um dia, teu corpo pode acender uma fogueira de sol e de fúria, que nos verá nascer.

Irei beber em ti o vinho que pisei, o fel do que sofri, e dei!

Dei do meu corpo um chicote de força, rasei meus olhos com água. Dei do meu sangue uma espada de raiva e, uma lança de mágoa. Dei do meu sonho uma corda de insónias, cravei meus braços com setas, descobri rosas, alarguei cidades e, construí poetas.

E nunca te encontrei na estrada do que fiz, amor que não logrei, mas quis!

Sei meu amor inventado que um dia teu corpo há-de acender uma fogueira de sol e de fúria, que nos verá nascer. E então:

Nem choros, nem medos, nem uivos, nem gritos nem, pedras, nem facas, nem fomes, nem secas nem, feras, nem ferros, nem farpas, nem farsas nem, forcas, nem cardos, nem dardos, nem guerras, nem mal...









A escolha da versão, é de cada um. Eu prefiro Sérgio Borges....


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Se todo o mundo é composto de mudança! Está na hora de mudar de regime....


Faz por estes dias mais um aniversário do golpe de Estado, que alguns apelidam de revolução, de 25 de Abril de 1974. Possivelmente, há 39 anos, por estas horas, alguns dos oficiais intelectuais das forças armadas de então, estariam a dar os últimos retoques daquilo a que chamariam Programa do MFA, e que, rapidamente, com o evoluir do tempo, concluímos, que não era um programa, mas vários!

A ideia que me ficou do conteúdo programático desse, ou dos vários programas, foi a teoria dos 3 Dês: Descolonizar, Democratizar e Desenvolver, sobre os quais já há uns anos, em 2008, aqui deixei a minha opinião, num discurso que fiz por altura das Comemorações dessa data no meu concelho de Marvão, enquanto Membro da Assembleia Municipal. Mantenho hoje, passados 5 anos, tudo o que escrevi.

Já nessa altura só aceitava como cumprido o “D” de Descolonizar (embora bem para uns mal para outros). Hoje, está à vista de todos, que até o “D” do Desenvolvimento é muito discutível, e se quisermos ser rigorosos, o seu impacto, deve-se mais ao avanço natural dos tempos, à injecção de fundos comunitários da Europa, e de um endividamento externo sem paralelo em toda a história de Portugal; do que a qualquer dom especial do regime aí implantado. Quanto ao outro, o “D” de Democratizar, penso que estamos conversados, mesmo que o dito exista na tal Constituição, o que interessaria era a sua prática, e para isso precisávamos de Democratas, que parece ser uma coisa que não abunda neste país de sol à beira-mar plantado, e que o 25 de Abril também não conseguiu conceber.

Este regime de Democracia à portuguesa, dizem os seus defensores, que tem três pilares essenciais: o estado social, à europeia; o municipalismo e “autonomismo”; e a integração europeia no euro grupo. Ora estes 3 pilares, estão em péssimo estado, e ainda não ruíram porque estão presos por cabelos.

Senão vejamos:

- Ter um “estado social” que gasta cerca de 90 000 milhões de euros por ano (em 2010), mas que só conseguiu cobrar, dos diversos Impostos, cerca de 70 000 milhões, como é que se suporta? Até agora foi com recurso a empréstimos externos (ou serão internos), a divida pública passou de menos de 10% em 1974, para 130% em 2012. Mas agora que ninguém nos empresta um chavo, como vamos arranjar os 20 000 milhões que faltam por ano, e ainda pagar a dívida? Se não procedermos com urgência ao redimensionamento, ele irá implodir dentro em breve, porque simplesmente é insustentável.

- O “municipalismo e autonomismo” (Madeira e Açores), com poucas excepções, não passam de estruturas assentes no mais puro caciquismo do século XIX, e algum, muito, compadrio. Com estruturas de gestão que deveriam ser reduzidas para metade, com uma autonomia financeira irresponsável, onde vale tudo, inclusivamente a esconderam dívida (Madeira: mais de 6 000 milhões e municípios mais de 10 000 milhões de euros), onde as regras mais elementares da democracia e cumprimento das leis são uma treta, veja-se o caso vergonhoso da reeleição dos “autarcas” com mais de 3 mandatos, onde toda corja está de acordo, até os comunistas. Como de acordo estiveram todos na aprovação do orçamento da Assembleia da República (aí, até os bloquistas votaram a favor). A democracia aí reinante é: primeiro nós e os nossos amigos, e, os que sabemos votarem em nós. Os outros? São inimigos...

- A integração europeia e o euro, com uma Europa em crise e recessão, onde uns mandam (os que têm a massa), e os outros baixam as orelhas (os pigs), a troco de umas esmolas. Onde só nos aceitaram para nos venderam os excedentes (por isso mandaram e, pagaram, a destruição da nossa agricultura, industria e pescas), e resolverem os problemas sociais dos países do norte, e de onde seremos expulsos, senão tivermos a dignidade de sair antes e de cabeça levantada.

Com um Regime assim, bom seria que começássemos a pensar noutro, enquanto é tempo. Quanto a mim, do anterior Programa do MFA, ainda aproveitava os mesmos 3 Dês. Só que agora seriam:

- Deseuropeizar;
- Desmunicipalizar.
 - Dessocializar;

Ou seja:  

- Sermos o país que sempre fomos, como escrevi aqui, com um pé na Europa mas o outro no oceano (não no fundo do mar!).

- Reformar a sério o sistema Autárquico e Autonómico, mantendo a identidade dos concelhos mas mudando a sua gestão, como em tempos dei este exemplo.

- Ter um estado social redimensionado com as nossas posses. Se só temos 70 000 mil milhões, só podemos gastar 69 000 milhões.

Se não o fizermos, qualquer dia, adeus democracia....

terça-feira, 23 de abril de 2013

O que aí vem....




(Ver ecrã inteiro)



E onde ficará o amor?....

domingo, 21 de abril de 2013

Do Baú...


Os teus olhos são cor de pólvora, o teu cabelo é o rastilho, teu modo de andar é uma forma eficaz de atrair sarilho. A tua silhueta é um mistério da criação e, sobretudo, tens cara de anjo mau!

Cara de anjo mau, tu deitas tudo a perder, basta um olhar teu e o chão começa a ceder. Cara de anjo mau, contigo é fácil cair, quem te ensinou a ser sempre a última a rir?

Que posso eu fazer ao ver-te acenar a ferida universal? Que posso eu desejar ao avistar tão delicioso mar? Que posso eu parecer quando me sinto fora de mim? Que posso eu tentar senão ir até ao fim?

Por ti mandava arranjar os dentes e comprava um colchão, por ti mandava embora o gato por quem eu tenho tanta afeição, por ti deixava de meter o dedo no meu nariz!

Por ti eu abandonava o meu país...



sábado, 20 de abril de 2013

Coisas giras que vemos por aí! (3)


Não costume ligar muito a estas coisas, mas esta, “tá munta” imaginação...



(Clicar sobre a imagem para ler melhor)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Do Baú...



A princípio é simples, anda-se sozinho, passa-se nas ruas bem devagarinho, está-se bem no silêncio e no burburinho. Bebe-se as certezas num copo de vinho e, vem-nos à memória uma frase batida: Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida...

Pouco a pouco o passo, faz-se vagabundo, dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo, diz-se do passado, que está moribundo. Bebe-se o alento num copo sem fundo e, vem-nos à memória uma frase batida: Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida....

E é então que amigos nos oferecem leito, entra-se cansado e sai-se refeito, luta-se por tudo o que se leva a peito. Bebe-se, come-se e, alguém nos diz bom proveito e, vem-nos à memória uma frase batida: Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida...

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja, olha-se para dentro e já pouco sobeja, pede-se o descanso, por curto que seja. Apagam-se dúvidas num mar de cerveja e, vem-nos à memória uma frase batida: Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida...

Enfim duma escolha faz-se um desafio, enfrenta-se a vida de fio a pavio, navega-se sem mar, sem vela ou navio. Bebe-se a coragem até dum copo vazio e, vem-nos à memória uma frase batida: Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida....

E entretanto o tempo fez cinza da brasa, e outra maré cheia virá da maré vaza, nasce um novo dia e no braço outra asa. Brinda-se aos amores com o vinho da casa e, vem-nos à memória uma frase batida: Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida...


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Coisas giras que vemos por aí! (2)



                         (Para ler melhor clicar sobre a imagem)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O humor convém ser replicado....


Retirado daqui, da autoria de Rui Rocha, e porque diz respeito à minha terra, num dos Blogues de maior consulta nacional "Delito de Opinião", não pude deixar de sorrir e partilhar convosco. 


 “Tó Zé (seguro), quando tiveres um tempinho arranjas também solução para este buraco?” 


(Cratera com mais de 100 metros de profundidade surgiu repentinamente numa aldeia de Marvão)


Eu diria ao Rui:

 - Temos "buracos" bem maiores em Marvão!!!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Grande alívio nacional! O povo tá feliz....


...e o balsemão, a sic, o expresso, e os mamões  da rtp, e o sócrates (será que vai comentar...?) nem vos digo! E o marcelo, mais o marques mendes! O deficit será enfim nulo, a dívida reduzida para 4% (igual a 1973), o desemprego vai disparar para níveis de 2011, etc., etc. Ai portugal, portugal!

Siga a balhação que é a dança cá da terra, só não dança quem não quer...






quinta-feira, 4 de abril de 2013

Fazer anos de quê? E para quê....



Aos 4 de Abril do ano de nosso senhor jesus cristo de 1957, no Moinho do Balcão da Ribeira da Ponte Velha, distrito da freguesia de Santo António das Areias, do termo de Marvão; nasceu uma criança do género masculino a quem deram o nome de João Francisco. Filho legítimo de Manuel Maria Bugalhão, moleiro, jornaleiro, pescador e contrabandista; e de Luísa Carrilho Pires da Quinta, dona-de-casa, jornaleira, e mãe; neto pela paterna de Francisco Gonçalves Bugalhão, moleiro e contrabandista, e de Teresa Garraio, dona-de-casa e mãe de 10 filhos; pela materna de José Pires da Quinta, jornaleiro e jogador de cartas, e, de Joaquina Carrilho Serra, dona-de-casa, jornaleira, e mãe de 7 filhos.

Sou eu....

Dia de Anos (João de Deus)

Com que então caiu na asneira de fazer na quinta-feira! Cinquenta e seis anos! Que tolo! Ainda se os desfizesse…, mas fazê-los não parece, de quem tem muito miolo!

Não sei quem foi que me disse, que fez a mesma tolice, aqui o ano passado! Agora o que vem, aposto, como lhe tomou o gosto, que faz o mesmo? Coitado!

Não faça tal; porque os anos, que nos trazem? Desenganos, que fazem a gente velho: Faça outra coisa; que em suma, não fazer coisa nenhuma, também lhe não aconselho...

Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
Às vezes por brincadeira,
Mas depois se se habitua,
Já não tem vontade sua,
E fá-los, queira ou não queira!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Valeu a pena? Claro que sim. Pior seria não haver história...


Tinha uma história que nunca contava, trazia um quarto fechado no olhar, tinha uma viagem que planeava, mas não a começava, para nunca acabar. Tinha um sorriso guardado em segredo, mas não sorria para não o contar, tinha uma chave que fechava o medo, num arvoredo, onde não queria entrar.

E quando a noite já ia serena, disse-me a frase mais terna que ouvi: Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui!

Tinha uma nuvem da cor do mistério, tinha palavras da cor do saber, tinha vontades de brincar a sério, mudar de hemisfério para não se perder. Tinha lembranças da cor do poente, tinha o poente inteiro no falar, mas dava o sol no esconderijo ardente, tão quente, tão quente, quase a queimar.   

Trazia a paz de uma dor que se apaga, e um calor, que se quer apagar, como quem grita do alto da fraga, que a vida nos trama e há distancia para andar. Deixou correr o licor dos sentidos, até que o dia nos veio acordar, de mãos trocadas, de braços caídos, achados perdidos.

E veio a manhã levezinha e serena, cantar-me a frase mais terna que ouvi: Valeu a pena. Mesmo que o fim da história seja aqui....