segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Recordar Carlos Paião...


25 anos depois: Quando se tem valor nunca se morre...




Eles são duas crianças a viver esperanças, a saber sorrir, ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir, numa outra brincadeira passam mesmo à beira, sempre sem falar, uns olhares envergonhados e são namorados sem ninguém pensar.

Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé, ele lá lhe disse, a medo: "O meu nome é Pedro e o teu qual é?" Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: "Sou a Cinderela".
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela...

Então, bate, bate coração, louco, louco de ilusão, a idade assim não tem valor.
Crescer, vai dar tempo p'ra aprender, vai dar jeito p'ra viver: O teu primeiro amor.

Cinderela das histórias, a avivar memórias, a deixar mistério, já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério, ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou, com a cara assim molhada, ninguém deu por nada, ele até chorou...


E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos planos, e dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos e, num desses bons momentos, houve sentimentos a falar por si, ele pegou na mão dela:
"Sabes Cinderela, eu gosto de ti..."



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