sexta-feira, 11 de julho de 2014

Um “Bin Laden” português ???


Eu sempre o considerei um dos maiores responsáveis pela situação financeira a que chegámos, como aqui escrevi em Maio de 2011, o todo-poderoso Victor Constâncio, mas vê-lo dito por um seu “camarada”, e comparado com a figura funesta do “osama”, “arre porra” que é muito forte:

“O responsável número um da nossa desgraça é um banqueiro central - O economista e ex-ministro da Economia de António Guterres, Daniel Bessa, afirmou no Porto que “o responsável número um da nossa desgraça é um banqueiro central, cujo nome, porém, omitiu.

“O engenheiro Sócrates é muito responsabilizado, e não há ninguém que o responsabilize mais do que eu, mas eu vejo-o como aquele egípcio que tomou os comandos do Boeing que se precipitou sobre as Torres Gémeas, continuou Daniel Bessa. (…)

Daniel Bessa disse que já o Boeing ia a caminho das Torres Gémeas e ele (José Sócrates), no cumprimento de um guião qualquer, sentou-se ao comando, acelerou quanto pôde e, connosco lá dentro, enfiou-se contra as Torres Gémeas.

É um destino, não tem nada de mal, cada um cumpre a sua função na vida e portanto ficará para a história por isso. Mas essa não é a responsabilidade maior. A responsabilidade maior é do mentor, não é do executante, e o mentor esteva no Banco de Portugal”, prosseguiu Daniel Bessa, fazendo rir a assistência.

Segundo concluiu o economista, o mentor disse que a partir da entrada no Euro, uma pequena economia aberta e financeiramente integrada, no regime de moeda única, não tem restrições financeiras. Endividar até sempre."

Notas complementares:

- 23 /2/2000: Victor Constâncio na sua tomada de posse como Governador do Banco de Portugal: “Sem moeda própria não voltaremos a ter problemas de balança de pagamentos iguais aos do passado. Não existe um problema monetário macroeconómico e não há que tomar medidas restritivas por causa da balança de pagamentos. Ninguém analisa a dimensão macro da balança externa do Mississipi ou de qualquer outra região de uma grande união monetária.”

- 02/07/2003: “O governador do Banco de Portugal relativizou inclusivamente a importância (…) do endividamento dos agentes económicos e o necessário ajustamento das suas poupanças, do endividamento da banca ao exterior ou das questões estruturais da competitividade.”

- 1/6/2009: Endividamento externo não é prioridade, defende Vítor Constâncio


ADENDA: Os sócraticos desmentem a tese de Daniel Bessa. Garantem que a culpa é mesmo do seu chefe.

Mas ainda falta o outro grande responsável. Não é Sócrates, não é o Coelho, não é o Barroso, não é o Guterres, nem pensar no Santana que nem aqueceu o lugar, o Soares já foi há tanto tempo!


Quem será?

Sem comentários: