sábado, 6 de dezembro de 2014

Para aquecer o coração...


De manhã cedinho eu salto do ninho e vou para a paragem, de bandolete à espera do sete, mas não pela viagem! Eu bem que não queria mas, um belo dia, eu vi-o passar, e o meu peito, que é céptico, por um pica de eléctrico, voltou a sonhar.

Em cada repique que salta do clique daquele alicate, de um modo frenético, o peito que é céptico, toca a rebate. Se o trem descarrila o povo refila, e eu fico num sino, porque um mero trajecto, no meu caso concreto, é já o destino.

Ninguém acredita o estado em que fica o meu coração quando o sete me apanha, até acho que, a senha, me salta da mão! Pois na carreira desta vida vão, mas nada me dá, a pica que o pica, do sete me dá!

Que triste fadário e que itinerário tão infeliz, traçar meu horário com o de um funcionário, de um trem, da carris. Se eu lhe perguntasse se tem livre passe para o peito de alguém? Vá-se lá saber, talvez eu, lhe oblitere o peito, também... 



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