quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

ATÉ AO FIM...


Um dia pensei que gostaria de morrer, tendo de ser, a ler um bom texto de Saramago, a ver as fintas do Figo e a ouvir Madredeus. Mas, ouvir este poema e esta voz, talvez também fosse aceitável para a coisa. E, se não for pedir muito, lá para os 96!


Nestes tempos em que, a dita, anda por aí que nem uma doida, até parece que não tem mais nada para fazer, a poesia de Vasco Graça Moura, que transformei em prosa, mas que a Katia se encarregou de voltar a a fazer poesia. Simplesmente deslumbrante...


Intensamente amor, intensamente, ponho na minha voz esta saudade que é feita de futuro no presente e, na ilusão, é feita de verdade. Intensamente amor, intensamente.

Desesperando amor, desesperando, por mesmo assim eu não te dizer tudo, mesmo ao lembrar-me, de onde e como e, quando teu coração mudou, mas eu não mudo.

Desesperando amor, desesperando até ao fim, amor, até ao fim do mundo, tal qual Pedro e Inês.

Aqui te espero, aqui me tens a mim neste mísero estado em que me vês, até ao fim amor, até ao fim, amor, até ao fim...


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