terça-feira, 21 de abril de 2015

Bairro do Porto Roque: Sessão Pública (3)


BAIRRO DA FRONTEIRA DO PORTO ROQUE:
Contributo de Nuno Pires (retirado daqui)

"Decorreu no passado sábado dia 18-04, um debate participativo de ideias para o desenvolvimento do Projecto do Bairro da Fronteira. Abrir as portas e falar deste assunto é positivo, mas é preciso saber qual é o objectivo, ser feito com organização, método, para que os Marvanenses se sintam parte integrante e não relegados para 2º plano.

Estou à vontade para partilhar o que no meu entender esteve menos bem nesta organização, pois tive esta manhã a oportunidade de o transmitir ao Sr. Presidente do Município o principal responsável por nunca ter desistido da aquisição deste Empreendimento e pelo desenvolvimento do mesmo.

Contrariamente as expectativa de muitos, o número de pessoas presentes, superou seguramente a meia centena de pessoas, o que revela o interesse da população por este projecto. Alguns aspectos que devem ser corrigidos no futuro:

1- Não se deve chamar “debate participativo” a um evento com 9 oradores. Por muito sucintos que sejam e ocupem só 20 minutos cada, chegamos a 3 horas de intervenções, que foi o que aconteceu. Pois a primeira intervenção do público só surgiu pelas 18 horas. No futuro que se chame “sessão informativa”. Saúdo a decisão do Sr. Presidente que hoje mesmo me informou que brevemente será lançado novamente o convite aos Marvanenses para desta vez poderem ser os atores principais neste processo.

2- Perante um elenco como o que nos foi apresentado é inaceitável que os oradores não tivessem identificados, gerando na assistência a dúvida de quem estavam a ouvir. No Futuro não custa nada ter na mesa a indicação do nome dos oradores e quem representam.

3- A falta de um moderador. O Sr. Presidente com a paixão que todos nós lhe reconhecemos quando intervém, nunca poderia assumir as despesas da moderação. O Presidente é o representante do povo, é a voz que nos representa, e não lhe deveria caber essa função. Por cada intervenção que surgia do público, tínhamos o Sr. Presidente com o seu entusiasmo a falar deste projecto, e absorver o tempo que ainda restava a alguns Marvanenses resistentes que aguentaram, e só quase 4 horas depois puderam intervir.

No futuro, acredito que o Sr. Presidente reconhecerá capacidades aos profissionais que com ele trabalham, e encontrará uma solução para que estas acções possam ter um moderador.

4- O Registo deste momento. Foi pena que não tenha existido quem registasse os principais tópicos dos oradores, e as principais ideias que ainda surgiram nessa tarde de sol. Já dizia o meu avô que, “qualquer papel escrito é sempre melhor que a melhor das memórias”. No futuro, acredito que estará alguém a registar a construção deste futuro e para que mais tarde possa ser recordado como História.

Sobre o Futuro do Bairro da Fronteira!

Em primeiro lugar há bastante tempo que venho dizendo ao Sr. Presidente, (como se pode consultar nas actas da Assembleia Municipal e reuniões de Câmara Municipal), que é urgente resolver a situação com os actuais moradores e todos aqueles que o Sr. Presidente entenda que tenham direito pelas ligações históricas, sentimentais e emocionais a adquirir a sua fracção. A situação patrimonial em que se encontra a situação (em fase de divisão de propriedade horizontal), não impede chegar a acordo com as pessoas. Pois a situação actual também não impediu que o Município adquirisse tal Património.

Qualquer projecto ou projectos que sejam pensados para este espaço, só deverão ser pensados, após a finalização do processo com os moradores. Isto porquê?

- Qual é o projecto que pode ser pensado para um espaço, sem se saber a quantidade de m2 disponíveis?

- Qual é o projecto que pode ser pensado para um espaço, sem saber o nº de fogos devolutos e livres para serem ocupados?

- Numa perspectiva de investimento privado (que também deve ser ponderada), qual é o investidor que investe, sem saber no que investe?

Acredito que muito rapidamente o Sr. Presidente vai resolver os problemas com os antigos moradores e seja possível saber na realidade que Futuro para a Fronteira.

Hoje deixo aqui uma solução na área da Acção Social, inspirada numa ideia já anteriormente apresentada em Assembleia Municipal pelo marvanense João Bugalhão: “Uma aldeia social para idosos”. Tal projecto permitiria:
- Criação de Emprego;
- Combater o despovoamento, e aumentar a população do concelho;
- Reabilitação urbana;
- Atrair utentes nacionais e internacionais com poder de compra;
- Um novo conceito de apoio social;


São estes os eixos mais fortes que podem dar sustentabilidade a um projecto desta natureza e contribuir para o desenvolvimento económico do nosso concelho."

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