sexta-feira, 22 de maio de 2015

Um dia teria de acontecer...





Sinto-me triste. Não gosto que as causas e os projectos que abraço falhem. Já nem falo em “sucesso” ou “excelência”! Contento-me, pelo menos que não falhem, e se cumpram compromissos assumidos. Pronto.

Durante 6 anos tudo fiz para que tal não sucedesse com este: Velhas Guardas do Grupo Desportivo Arenense. Só eu sei o que tive que fazer, numa pequena comunidade, para arranjar às vezes 11 ou 12 bons rapazes, para podermos cumprir aquilo que é programado com 10 meses de antecedência. 

Mas amanhã, depois de se bater a todas as portas, num grupo de 35 associados, apenas 10 responderam à chamada! Mas lá estaremos em Leiria (há 2 anos que não temos uma actividade fora do nosso distrito), de cabeça levantada, envergando a camisola do GDA, e representando o melhor que formos capazes o nosso clube.

Tal situação mais me entristece porque esta deslocação esteve agendada para o passado dia 9. Aceitei adiar para amanhã, com anuência dos nossos amigos de Leiria, para que alguns elementos do grupo pudessem estar noutra actividade do clube. Afinal, são alguns dos que pediram o adiamento, que amanhã, também não estarão presentes! Sei também que tudo na vida dos seres vivos nasce, cresce e morre. Este projecto não será excepção um dia. Por agora morre pelo menos um bocado dele: eu.    

Espero não estar a ser injusto para alguns daqueles que me acompanham desde 2009. Eles sabem quem são. Alguns têm feito tanto esforço ou mais que eu, para estarem neste projecto, e dizerem quase sempre: presente. E “isto”, esta “coisa”, também não obedece a nenhuma obrigação ou “profissionalismo”, mas que deveria obedecer, como tudo na vida a algum compromisso. Não é trabalho, como dizem por aí os amadores da bola sobre estas actividades, apenas um divertimento e um gosto de estar com amigos: conviver, estar em grupo (num mundo tão individualizado), fazendo uma coisa que se gosta.

Hoje estou triste. Talvez amanhã não..., se este desabafo for um meio de sensibilizar, ainda, alguém.

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