quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Novos sons da música portuguesa...

... e sobretudo as palavras!


"... o dia não te correu bem e não gostas do que fazes, e agora só pedes um pouco de atenção! Pus tudo para fora, estou pronto para ouvir, diz-me algo que não saiba e que te dê a razão. Vais ter de mim um ar sério e compreensivo, um abraço convincente, como se fosse um irmão. 

Diz agora o que te vai na mente e, no que puder ajudar, tens aqui um amigo com quem, com quem podes contar. No fundo, na frente, na mesma camisola, a frio, a quente, com a cara para dar, o bom e o mau, o que importa realmente: Levo a tua bandeira onde consiga chegar!

O dia não te correu bem e não gostas do que fazes, não é culpa de ninguém e podes sempre mudar. Procura no que sabes, no caminho para andar, trata a vida sempre bem que ela, bem te vai tratar.

Põe amor no teu caminho e a verdade ao de cima, nunca ficarás sozinho, podes ajudar também. Se alguém no teu presente possa a vir necessitar, faz de ti um amigo com quem se possa, com quem se possa contar..."


sábado, 12 de setembro de 2015

O meu contributo para a escolha eleitoral de 4 de Outubro.


Mesmo que os políticos sejam “todos” iguais, os resultados das "políticas" nem sempre o são. Porquê? 


Nota: O saldo da Balança Comercial mede a diferença entre as exportações e as importações



De onde vem o "bago" para fazer face a este desequilíbrio? 





A questão é simples: Vamos continuar, ou avançamos para a "mudança"?


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Ainda sobre o debate Passos - Costa...


Como Passos Coelho deveria ter respondido aos Gráficos de Costa, e nem precisaria de dizer mais nada. Não respondeu, mas isso não não nega a realidade. 

Então vejamos:

1 - Dívida Pública: Cresceu, mas era possível não crescer? Mas será que se pode comparar com o que vinha acontecendo nos últimos anos da governação socialista? 

   
     Dívida Pública em % do PIB








... e se fosse com a política do PS? A dívida pública seria de 253,5 mil milhões de euros, em vez dos actuais 223,6 mil milhões. Atente-se no Gráfico seguinte:


2 - Despesas Públicas? Sem palavras!




3 - Balança de transacções? Pela primeira vez em 40 anos foi positiva!


Só não vê quem não quiser...

Às costa(s) do passos, ou de passos às costas!


Este artigo de Luís Menezes Leitão resume de uma forma concisa o que penso sobre o debate de ontem...

“Passos Coelho pode orgulhar-se de ter dirigido o governo que conseguiu levar a bom porto o país, depois da situação mais complexa que qualquer governo teve em Portugal desde 1975, em grande parte por culpa do governo anterior. Como primeiro-ministro, revelou-se especialmente em dois momentos extremamente difíceis.

O primeiro foi em Julho de 2013, quando segurou o governo, perante a demissão irrevogável do seu parceiro de coligação, Paulo Portas, evitando que a coligação se desfizesse, como sucedeu à AD em 1982 quando Freitas do Amaral também decidiu abandonar o barco. O segundo foi em Julho de 2014, quando recusou envolver o dinheiro dos contribuintes no colapso do BES, não repetindo assim o que Sócrates tinha feito com o BPN. Passos Coelho apresenta a seu crédito ter conseguido evitar novos resgates e ter colocado o país novamente a crescer. Por isso, como recentemente escreveu o insuspeito José Silva Pinto neste livro, mesmo que perca as eleições, sairá sempre do governo com a consciência tranquila."


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Porquê?


descoordenação e o pouco tino do executivo marvanense continuam, e a falta coerência também. É normal quando existe um poder centrado numa só pessoa, e que gosta muito de falar e pouco de ouvir.

Assistimos no dia do concelho a uma homenagem em massa de diversos marvanenses e não só (um ex Alcaide de Valência também foi bafejado). Não irei discutir minimamente, ou por em causa, todos aqueles que individualmente ou em associação, foram homenageados. Se o foram é porque lhes é reconhecido mérito por algo que fizeram ao longo do seu percurso de vida pela comunidade marvanense. O que quero questionar são os critérios (ou falta deles) na escolha e oportunidade das diversas distinções, a sua falta de coerência, e de quem será a responsabilidade última de olhar para estas coisas, e decidir. 



O grupo de homenageados com Antónia Moura Andrade e as filhas de João Dinis Carita e Manuel Pedro da Paz.

Antes de referir concretamente essa falta de coerência nas nomeações, quero informar que tive com a personalidade em causa, sempre uma divergência política pela sua condução dos destinos do concelho, mas a quem sempre respeitei como Presidente do meu concelho e, hoje, passados que são dez anos, tem para mim um valor idêntico a todos aqueles que o precederam, e espero que o mesmo se mantenha para os seus vindouros. Refiro-me concretamente a Manuel Bugalho, Presidente da Câmara Municipal de Marvão entre 1998 e 2005.


 Numa data em que são homenageados 3 dos presidentes dos últimos 50 anos:

- João Dinis Carita: 1964 – 1973
- Manuel Pedro da Paz 1977 – 1985
- António Moura Andrade 1985 – 1997

E anteriormente já tinha sido homenageado Manuel Magro Machado (1956 – 1963), alguém me explica porque não se fez agora a homenagem, passados 10 anos sobre o fim do seu último mandato (2005), a Manuel Carrilho Bugalho?

Nota: Se para homenagear António Moura Andrade (que sempre foi eleito nas listas do PSD), foi preciso ser o Partido Socialista a fazer a proposta; seria da mais elementar astúcia (para além da justiça) que os dirigentes do PSD de Marvão tivessem feito o mesmo em relação a Manuel Carrilho Bugalho. Mas para isso era preciso que o PSD de Marvão tivesse dirigentes!


domingo, 6 de setembro de 2015

Vergonhoso (2)...


Recebi de Fernando Bonito Dias este “comentário” ao meu Post anterior sobre a polémica Declaração de Voto de alguns membros do executivo marvanense. Por me parecer bastante elucidativo, contribuir para se entender melhor o que está em causa, e complementar à minha apreciação, decidi postá-lo aqui em primeiro plano.

Diz assim o Fernando:

“Esta atitude do executivo da CMM merece uma reflexão clara e aprofundada!

Esta atitude, abstenção na votação da atribuição da Medalha de Mérito Municipal ao Centro Cultural de Marvão e correspondente declaração de voto, são sintomáticos da (des) governação vigente em Marvão!

Uma (des) governação que:

- Não tem “EQUIPA” de gestão!
- Não tem capacidade de gestão!
- Não se envolve na gestão do bem comum do concelho!
- Investe a maioria do seu tempo e energia na gestão dos seus interesses eleitoralistas!
- Não trata os marvanenses por igual e não revela justiça nas suas decisões.

Portanto, este é um processo que merece ser descrito e recordado!

Merece ser descrito e recordado porque, como disse o Nobel da literatura, Mário Vargas Llosa, ao “Expresso” em 8/Nov./2014, “se virarmos as costas à política, esta ficará nas mãos das pessoas piores!”

Ultimamente, face à “normal” atitude de “se servir” que os políticos em geral têm demonstrado, as pessoas tendem a afastar-se da política, vendo nesta algo sujo e imoral. No entanto, ninguém que viva em sociedade (e somos todos) se deveria alhear da política, pois esta não passa da “arte ou ciência da organização, direcção e administração de uma comunidade”, seja esta uma cidade, um concelho ou um país. Dito isto, vamos aos factos.

Em 2013 as obras do castelo estavam prontas, após uma boa decisão do executivo em avançar para a requalificação daquela que é a nossa pérola mais preciosa: o castelo de Marvão! Efectuar a obra foi o mais fácil. Foi colocar dinheiro e… pronto.

Nessa altura, exigia-se o mais difícil: a gestão da obra!

Como o executivo não tem equipa nem capacidade de gestão, não se envolve no bem comum do concelho e apenas pretende, em qualquer circunstância, defender os seus interesses eleitoralistas, logo engendrou um plano (concurso) para ser uma das “associações dominadas pelo regime”, a “Terras de Marvão” (“liderada” na prática pelo vice presidente da CMM (!?), o qual deveria dedicar totalmente o seu tempo à gestão da câmara… ou seja do bem comum!), a ficar com a gestão do castelo, possibilitando, assim, ao executivo capitalizar em votos, os favores que ali fosse distribuindo.

Mas aconteceu que quem ganhou o concurso (que os interesses instalados ainda tentaram impugnar) para a gestão do castelo foi outra associação, a do Centro Cultural de Marvão, a qual até se revelou bastante dinâmica nessa gestão, obtendo excelentes resultados!

E agora, ressabiado com o acontecido em 2013 e sem sentido de justiça, o executivo (que não se preocupa com o bem comum e não trata os marvanense por igual), não obstante o bom trabalho desenvolvido, prepara-se para retirar a gestão do castelo àquela associação (através de rescisão contratual) e produz esta vergonhosa votação/declaração de voto na questão da Medalha de Mérito Municipal…

Sintomático!

Mais uma vez, o executivo com esta votação (“abstenção” e não “contra”), revela a sua incapacidade e a superior preocupação de que as suas atitudes sejam sempre na direcção da defesa dos seus interesses eleitoralistas.

Como se os Marvanenses fossem estúpidos!

Abraços

Fernando Bonito Dias”

sábado, 5 de setembro de 2015

Vergonhoso (1)...

Se o princípio de Peter nos remete para a incompetência do topo da pirâmide do poder, quando enuncia que “num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência”; neste caso, parece que aos que governam em Marvão já não lhes chega a incompetência e o abuso desse poder, também já não lhes resta qualquer pingo de bom senso. E eu acrescento ainda, sem mais comentários, um pouco de vergonha!

Senão atente-se nesta aberrante Declaração de Voto destes 4 “gestores” da Câmara Municipal de Marvão, após a aprovação de uma proposta para a atribuição da Medalha de Mérito Municipal a uma Associação do concelho – O Centro Cultural de Marvão, no próximo dia 8 de Setembro:

Declaração de Voto do Presidente Vítor Frutuoso e dos vereadores Luís Vitorino, José Manuel Pires e Tiago Gaio:

“A fundamentação da presente proposta é, sobretudo, o facto do Castelo ter sido considerado um dos monumentos nacionais de referência pelo Trip Advisor. Contudo, apesar de se tratar de um site importante, a nível turístico, o mesmo não pode ser considerado uma referência formal, estável e consolidada. Por outro lado, foi o Município de Marvão que contribuiu, de forma determinante, para criar as condições que vieram a proporcionar esta referência no Trip Advisor.

Quanto ao papel do Centro Cultural de Marvão na sua interacção com os sócios, a população e respectivas dinâmicas socioculturais, na generalidade, poderá dizer-se que fez um trabalho normal e aceitável no que diz respeito ao plano de actividades que se espera de uma associação desta natureza.

Quanto à exploração do Castelo, principal motivo da distinção honorífica, na nossa perspectiva podemos considerar que atingiu os objectivos mínimos, mas ficou muito aquém da sua própria proposta, isto é:

- A antiga sala do Museu Militar, que seria destinada a exposições temporárias/rotativas, foi convertida em loja arrendada a um particular, ao arrepio da sua própria proposta e esquecendo uma questão fundamental: no recinto interior é o único espaço com instalações sanitárias e, deste modo, passou a ter um uso exclusivo, quando deveria ter uma disponibilidade colectiva;

- A exploração da Cafetaria, que deveria funcionar durante todo o ano, na realidade, funcionou pontualmente e nunca conseguiu ter visibilidade;

- A interpretação do Castelo apareceu tardiamente e foi parcial, pois só considerou a sua evolução histórica, e ficou por explicar, entre outras coisas, a sua funcionalidade e respectiva evolução, enquadramento da estrutura defensiva por si e integrada no sistema defensivo territorial;

- As visitas guiadas em parceria com uma empresa devidamente qualificada, referidas na proposta de exploração não se concretizaram ou não tiveram qualquer visibilidade;

- O programa de actividades harmonizado com os objectivos dos programas escolares, referido na proposta de exploração, não teve visibilidade;

- O programa de actividades proposto, de carácter lúdico e pedagógico, não teve dimensão e/ou visibilidade;

- Foram efectivamente cumpridos, na generalidade, os compromissos relativos à manutenção e vigilância do Castelo;

- Quanto ao modelo de gestão, não diríamos que é inovador, mas antes aquele que talvez seja mais vantajoso para a associação, pelo menos é discutível se será melhor opção de recorrer a voluntariado pago, ou se seria o recurso programas e contratos de emprego estáveis e inclusivos.

Face ao exposto, os eleitos pelo PSD não votam contra a presente proposta optando pela abstenção.”.

Abstenção? Então o que é que diriam se votassem CONTRA? Nem Salazar, se tivesse que condecorar Álvaro Cunhal diria melhor!  

E é assim que tratam aqueles que desenvolvem actividades voluntárias de associativismo no concelho?

A resposta desta Associação, e bem, só poderia ser uma: RECUSAR A HOMENAGEM

Por mim, que sempre estive ligado ao movimento associativo do concelho de Marvão, sinto-me envergonhado por esta Declaração de Voto destes membros do executivo camarário. Acho que aos seus promotores só resta, se ainda tiverem um pouco de bom senso, pedirem desculpa ao Centro Cultural de Marvão e a todos os marvanenses.