terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Vá lá esta do mestre Godinho: Grão da mesma mó...

“Não sei se estão a ver aqueles dias em que não acontece nada, a não ser o que o que aconteceu e não aconteceu!”

E do nada há uma luz que se acende. Não se sabe se vem de fora ou se de dentro, apareceu. E dentro da porção da tua vida, é a ti que cabe o não trocar nenhum futuro pelo presente. O fazer face, à face, que se teve até ali. Ausente presente...

Vê lá o que fazes, há tanto a fazer. Fazes que fazes. Ou pões sementes a crescer? Precisas de água, a terra também. Ventos cruzados e, o sol e a chuva, que os detém. Vivida a planta, refeita a casa é espaço em branco, tempo de o escrever e abrir asa. E a linha funda, na palma da mão, desenha o tempo então....

Mas há linhas de água que cruzas sem sequer notares, e oh, estás no deserto e talvez no oásis, se o olhares. E não há mal e não há bem que não te venha incomodar. Vale esse valor? É para vender ou comprar? Mas hoje, questões éticas? Agora? Por favor…! Que te iam prescrever a tal receita para a dor? Vais ter que reciclar o muito frio e o muito quente. Ausente, presente...

Vê lá o que fazes, há tanto a fazer. Fazes que fazes ou pões sementes a crescer? E a linha funda, na palma da mão. Desenha o tempo então...

Um curto espaço de tempo. Vais preenchê-lo com o frio da morte morrida ou o calor da vida vivida? Não queiras ser nem um exemplo, nem um mau exemplo, por si só. Há dias em que é grão da mesma mó...

E a senha já tirada, já tardia do doente. Dez lugares atrás, e pouco a pouco, à frente. E cada um falar-te das histórias da sua vida: Feliz, dorida...

Vê lá o que fazes, há tanto a fazer. Fazes que fazes ou pões sementes a crescer? Precisas de água, a terra também. Ventos cruzados e o sol e a chuva que os detém. Vivida a planta, refeita a casa é espaço em branco, tempo de o escrever e abrir asa. E a linha funda, na palma da mão, desenha o tempo então...

E explicaram-te em botânica, uma espécie que não muda, a flor do fatalismo, está feito. E se até dá jeito alterar só por hoje o amanhã. Melhor é transfigurar o amanhã com todo o hoje. E as palavras tornam-se esparsas. Assumes. Fazes que disfarças. Escolhes paixões, ciúmes, tragédias e farsas. E faças o que faças por vales e cumes encontras-te a sós, só!

Grão a grão acompanhado e só, grão da mesma mó, grão da mesma mó....


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